quarta-feira, 4 de junho de 2008

Cuba responsabilidade dos ricos em crise dos alimentos




Havana, 03 jun (acn) Cuba afirmou nesta terça-feira que a fome e a desnutrição são conseqüências de uma ordem econômico internacional que sustenta e aprofunda a pobreza, a desigualdade e a injustiça, durante a Cúpula Mundial sobre Segurança Alimentar.


Ao usar da palavra, o primeiro vice-presidente cubano, José Ramón Machado Ventura, fustigou os países desenvolvidos por sua responsabilidade na atual crise nos preços dos alimentos ao impor a liberalização comercial entre atores desiguales.

Além de receitas financeiras de ajuste estrutural, “provocaram a ruína de muitos pequenos produtores no Sul e converteram em importadores netos de alimentos a países que dantes se auto-abasteciam”, anotou.

O chefe da delegação cubana à cimeira de três dias, que começou nesta terça-feira na sede da entidade da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), remarcou que se pode enfrentar com sucesso a crise se se vai à raiz do problema. Argumentou que estes flagelos não podem ser erradicados com a adoção de medidas paliativas. “Também não com donativos simbólicos que, sejamos honestos, não cobrirão as necessidades nem serão sustentáveis”.

Machado Ventura indicou que as nações ricas contam de sobra com os recursos para reconstruir e impulsionar a produção agrícola do Sul. O que se precisa é a vontade política de seus governos, disse.

Se os gastos militares da OTAN num ano fossem reduzidos num 10 por cento, se liberariam quase 100 mil milhões de dólares, e se fosse perdoada a dívida externa, os países do Sul disporiam de 345 bilhões de dólares anuais que hoje dedicam a seu serviço”, salientou.

Mais adiante, recordou que se teriam 130 bilhões de dólares adicionais a cada ano se o chamado Primeiro Mundo cumprisse com o compromisso de destinar o 0,7 por cento de seu Produto Interno Bruto à Assistência Oficial ao Desenvolvimento.

O vice-presidente da ilha caribenha referiu, de outro lado, que há 12 anos na própria sede da FAO se estabeleceu o objetivo de reduzir o número de pessoas desnutridas à metade para o ano 2015, o qual agora pareceria uma quimera.

“Os países Não Alinhados (NOAL) chamamos na Cimeira de Havana (2006) a estabelecer um mundo pacífico e próspero e uma ordem mundial justo e eqüitativa”, precisou.

Machado Ventura destacou que por iniciativa de Cuba, o enunciado de que a alimentação é um direito humano inalienável ficou confirmado desde 1997 por sucessivas resoluções adotadas na antiga Comissão de Direitos Humanos, depois Conselho e terminou sua intervenção citando palavras de Fidel Castro ante a Assembléia Geral da ONU em outubro de 1979, que em sua parte final sentenciavam: “As bombas poderão matar os famintos, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças, a ignorância”.

Fonte: Agência Cubana de Notícias


Cuba responsabilidade dos ricos em crise dos alimentos




Havana, 03 jun (acn) Cuba afirmou nesta terça-feira que a fome e a desnutrição são conseqüências de uma ordem econômico internacional que sustenta e aprofunda a pobreza, a desigualdade e a injustiça, durante a Cúpula Mundial sobre Segurança Alimentar.


Ao usar da palavra, o primeiro vice-presidente cubano, José Ramón Machado Ventura, fustigou os países desenvolvidos por sua responsabilidade na atual crise nos preços dos alimentos ao impor a liberalização comercial entre atores desiguales.

Além de receitas financeiras de ajuste estrutural, “provocaram a ruína de muitos pequenos produtores no Sul e converteram em importadores netos de alimentos a países que dantes se auto-abasteciam”, anotou.

O chefe da delegação cubana à cimeira de três dias, que começou nesta terça-feira na sede da entidade da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), remarcou que se pode enfrentar com sucesso a crise se se vai à raiz do problema. Argumentou que estes flagelos não podem ser erradicados com a adoção de medidas paliativas. “Também não com donativos simbólicos que, sejamos honestos, não cobrirão as necessidades nem serão sustentáveis”.

Machado Ventura indicou que as nações ricas contam de sobra com os recursos para reconstruir e impulsionar a produção agrícola do Sul. O que se precisa é a vontade política de seus governos, disse.

Se os gastos militares da OTAN num ano fossem reduzidos num 10 por cento, se liberariam quase 100 mil milhões de dólares, e se fosse perdoada a dívida externa, os países do Sul disporiam de 345 bilhões de dólares anuais que hoje dedicam a seu serviço”, salientou.

Mais adiante, recordou que se teriam 130 bilhões de dólares adicionais a cada ano se o chamado Primeiro Mundo cumprisse com o compromisso de destinar o 0,7 por cento de seu Produto Interno Bruto à Assistência Oficial ao Desenvolvimento.

O vice-presidente da ilha caribenha referiu, de outro lado, que há 12 anos na própria sede da FAO se estabeleceu o objetivo de reduzir o número de pessoas desnutridas à metade para o ano 2015, o qual agora pareceria uma quimera.

“Os países Não Alinhados (NOAL) chamamos na Cimeira de Havana (2006) a estabelecer um mundo pacífico e próspero e uma ordem mundial justo e eqüitativa”, precisou.

Machado Ventura destacou que por iniciativa de Cuba, o enunciado de que a alimentação é um direito humano inalienável ficou confirmado desde 1997 por sucessivas resoluções adotadas na antiga Comissão de Direitos Humanos, depois Conselho e terminou sua intervenção citando palavras de Fidel Castro ante a Assembléia Geral da ONU em outubro de 1979, que em sua parte final sentenciavam: “As bombas poderão matar os famintos, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças, a ignorância”.

Fonte: Agência Cubana de Notícias


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